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CARACTERIZAÇÃO NO ESFORÇO DO FUTEBOL
CARACTERIZAÇÃO NO ESFORÇO DO FUTEBOL


O futebol, enquanto modalidade desportiva colectiva, exige ao jogador várias capacidades de entre as quais, para além dos factores técnicos, tácticos e psicológicos se destaca uma excelente condição física que sirva de suporte a um esforço intermitente com duração de 90 minutos. Durante o jogo, o atleta é submetido a fases aleatórias de esforço e repouso que alternam em intensidade e volume de duração. Só com um rigoroso conhecimento das exigências físicas do jogo é que se pode tirar verdadeiro partido das sessões de treino, para assim se aplicarem as cargas em função das exigências específicas que irão ser solicitadas na competição. Por outras palavras, o treino deve reflectir o jogo.

 

Diversos estudos têm revelado resultados de VO2máx e de limiar anaeróbio que sugerem diferenças estatisticamente significativas, principalmente relevantes, entre os guarda-redes e demais jogadores por um lado, e entre defesas centrais e avançados comparativamente aos laterais e médios centro (limiar anaeróbio). O grupo dos guarda-redes apresenta os valores mais baixos.

 

Assim sendo, estes dados apenas vêm sublinhar a importância da aplicação de cargas e métodos de treino diferenciados entre atletas de diferentes posições específicas, visto que a solicitação energética nos jogos é em si bastante diferente. Apesar do reconhecido interesse para o treino destes e de outros estudos similares, a verdade é que existem algumas limitações à sua aplicação, sendo que inúmeros factores influenciam e condicionam a performance do futebolista. De entre estes aspectos, talvez o mais relevante seja a concepção táctica da equipa, isto é, a forma como uma equipa joga (mais recuada em bloco, com médios ala, com linha defensiva recuada, com concepção mais ofensiva…etc.) e as próprias imposições que o adversário impõe (pressão alta, marcações individuais…etc.). Estas diferentes concepções de jogo vão impor ao atleta diferentes exigências físicas apesar de a posição específica em campo ser a mesma. Por outras palavras, um jogador defesa lateral que jogue num sistema mais ofensivo vai ter uma solicitação metabólica diferente de um mesmo jogador defesa lateral que jogue numa equipa que opte por uma concepção de jogo mais defensiva ou que simplesmente não permita a subida desse mesmo jogador defesa lateral no seu corredor de jogo.

 
 
 

No que respeita ao grupo dos guarda-redes, julgo que não faz muito sentido a aplicação de protocolos para a determinação da velocidade no limiar anaeróbio, como em alguns estudos tem sido feito. Se observarmos o padrão de movimentação de um guarda-redes em competição, verificamos que passa a maior parte do tempo parado, oscilando estas fases de “repouso” com intervenções explosivas de natureza anaeróbia aláctica. Contudo, o mesmo poderia referir-se ao VO2máx mas, nem que seja numa perspectiva de saúde ou de melhor capacidade de recuperação, estes parâmetros tornam-se também bastante importantes. A potência anaeróbia poderá também ser tida em conta e comparada entre as diversas posições, uma vez que durante o jogo o atleta é muitas vezes solicitado e rematar, saltar, cabecear ou, no caso dos guarda-redes, defender uma bola após impulsão.

 

Por último, gostaria ainda de referir que os atacantes poderiam ser, a meu ver, divididos entre pontas de lança e alas ou extremos. Estes últimos, apesar de atacantes, são jogadores que actuam nos corredores laterais e que têm um padrão de movimentação em nada semelhante aos atacantes que jogam numa posição mais central e fixa do terreno de jogo. Seria relevante verificar as diferenças entre estes dois grupos de jogadores bem como com os demais. Este factor, em última análise, remete mais uma vez para a influência do conteúdo táctico na exigência fisiológica energética dos atletas para o jogo.

 

Sendo o futebol uma actividade complexa, que exige ao atleta o desenvolvimento de diversas capacidades (físicas, técnicas, tácticas e psicológicas), é deveras importante que essas capacidades estejam desenvolvidas de forma consistente e que permitam, por um lado, uma performance óptima e, por outro, uma boa capacidade de recuperação entre esforços. Um VO2máx elevado vai permitir ao atleta poupar o glicogénio para as fases mais intensas do esforço, uma melhor capacidade de recuperação pós esforço e uma velocidade mais elevada de remoção de lactato. Por outro lado, um limiar anaeróbio elevado significa uma contribuição aeróbia mais prolongada e, assim, uma maior poupança de glicogénio.Vários estudos demonstram que os atletas de diferentes posições específicas apresentam diferentes perfis em termos fisiológicos, mesmo sem treino específico, e isto sugere que os exercícios de treino devem ser adequados em termos de cargas, e que estas sejam um reflexo da exigência física do jogo que é, em tudo, diferente em termos de solicitação fisiológica por posição específica.

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